FISIOTERAPEUTA NA ATENÇÃO BÁSICA






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A Unidade Básica de Saúde (UBS) é uma estrutura básica de atendimento aos usuários dos SUS. Segundo o Mistério da Saúde, devem ser uma prioridade na gestão do sistema, porque quando funciona adequadamente a comunidade consegue resolver, com qualidade, a maioria dos seus problemas de saúde. Para o SUS, todos os níveis de atenção (primário, secundário e terciário) são igualmente importantes. Mas, a prática comprova que a atenção básica deve ser sempre prioritária, porque possibilita uma melhor organização e funcionamento também dos serviços de média e alta complexidade. Dessa forma, a UBS trabalha com equipes multidisciplinares e, é o local ideal para educar, promover e estimular a população a cuidar de sua saúde. A Fisioterapia na Atenção Básica de Saúde no Brasil começou a surgir efetivamente apenas a partir de 1995, justamente por ainda ser pouco conhecida como preventiva. Mas apesar das dificuldades, a Fisioterapia, hoje, está cada vez mais sendo inserida na UBS.

Atribuições do Fisioterapeuta
  • Promoção a saúde
  • Desenvolvimento
  •  Prevenção
  •  Tratamento 
  • Recuperação da saúde de forma global.


 A portaria do NASF nº154/GM, de 24 de Janeiro de 2008 publicada no Diário Oficial da União propõe que o fisioterapeuta deve acolher os indivíduos que necessitam de cuidados de reabilitação, orientando, acompanhando e atendendo-os de acordo com sua necessidade específica. Além de realizar visitas domiciliares na tentativa de promover orientações ao usuário e aos cuidadores (BRASIL, 2008).






Vivência fisioterapêutica na atenção básica

 A atuação do fisioterapeuta na atenção básica é um processo em construção, onde ainda estima-se tirar o rótulo do profissional como simples reabilitador, o que até então, excluía o serviço de fisioterapia da rede básica, resultando numa dificuldade de acesso da população ao serviço, bem como a inserção do profissional na UBS (RIBEIRO, 2002; NEVES & ACIOLE, 2011).

 A prática fisioterapêutica pode ser executada em todos os setores de atenção à saúde, porém sua função é pouco difundida e subutilizada, tendo sua forma de atuação centralizada nas áreas curativas e reabilitadoras, destinadas apenas ao atendimento hospitalar e ambulatorial. Uma vez inserido na UBS, o fisioterapeuta passa a suprir a demanda da comunidade no que se refere a danos e agravos em saúde, com uma prática integral e acolhedora, grupos operacionais que realizem visitas domiciliares, quebrando o falseio de ser apenas uma profissão reabilitadora (TRELHA et al., 2006; SAMPAIO, 2002; TORRES, ESTRELA & RIBEIRO, 2009). Seguindo o mesmo pressuposto, Barros (2003) afirma que hoje o fisioterapeuta diverge do conceito original, conquistando um novo campo legal e científico através de sua competência e amadurecimento profissional, desta forma, ampliou seu campo de atuação deixando de ser visto como profissional reabilitador, e tornando-se profissional da saúde, que  atua na promoção, desenvolvimento, prevenção, tratamento e recuperação da saúde de forma global. A maior abrangência da fisioterapia que propõe este novo modelo assistencial (BRASIL, 2008; MONKEN & BARCELLOS, 2005), faz transparecer o objetivo maior para o qual a fisioterapia apresenta-se, que é preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade de órgãos, sistemas e/ou funções, bem como promover uma visão mais sistêmica para ir além da simples ausência de afecção (SILVA & SILVEIRA, 2011). Além disso, mostra-se importante a participação do fisioterapeuta articulando nas diversas iniciativas de apoio, como forma de superar o tratamento simplesmente conservador e ao mesmo tempo, potencializar as ações preventivas, curativas e reabilitadoras (RIBEIRO, 2009; JÚNIOR, 2010).

 O fisioterapeuta vem promover uma assistência que faltava para complementar as ações de saúde na UBS, por meio de somatização e apoio às práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade da ESF (LISBOA, 2011; ARAÚJO, 2009). A inserção do profissional de fisioterapia na atenção básica pode então, contribuir para otimização dos serviços prestados, uma vez que previne o aumento do volume de complexidade da atenção em saúde, reduzindo gastos públicos, além de colaborar com a mudança do modelo assistencial simplificado, evitando o incremento de patologias e suprindo demandas do serviço de fisioterapia pela população assistida (CASTRO, CIPRIANO & MARTINHO, 2006). E ainda justifica-se a participação do fisioterapeuta na UBS pela possibilidade de trabalho junto ao usuário, de modo individual ou integrado por meio de técnicas específicas acompanhadas dos devidos encaminhamentos, além de trabalhar no coletivo, participação de programas e grupos, que se torna possível pela educação em saúde (ARAÚJO, 2009). Freitas (2006) afirma ainda que a inserção do fisioterapeuta na atenção básica deve ocorrer na ideia de uma fisioterapia do cuidado, pautada com as diversas características sociais que se encontram ao redor das questões relacionadas à saúde. Sendo assim, o paciente não será observado através da sequela presente no seu corpo como um objeto a ser tratado, mas como um sujeito que possui o direito sobre o seu próprio corpo, cheio de dúvidas, desejos e esperanças, que pode tornar-se cúmplice de ações mais assertivas para a produção da saúde.



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