MANOVACUOMETRIA - MANOVACUÔMETRO



Os músculos respiratórios realizam o trabalho da ventilação contra a resistência do sistema. Assim, a medida da força desses músculos avalia parte relevante da eficiência do conjunto. Trata-se de um exame de fácil realização e que necessita de equipamento de baixo custo, basta um medidor de pressão negativa e positiva, o manovacuômetro (DIAS et al., 2001).

Através do manovacuômetro pode-se determinar com ótima precisão as alterações na musculatura respiratória, pois permite a mensuração da força da musculatura inspiratória e a força da musculatura expiratória, determinada pela pressão negativa e pressão positiva. A mensuração da força dos músculos respiratórios tem inúmeras aplicações, como: diagnosticar insuficiência respiratória por falência muscular; diagnosticar fraqueza, fadiga e/ou falência muscular respiratória; auxiliar na elaboração de protocolos terapêuticos, entre outras funções. (ROBACHER, s.d).

Uma desvantagem que pode ser apontada pelo uso da manovacuômetria para a mensuração da força dos músculos respiratórios é o fato de este método avaliar somente a força do conjunto dos músculos inspiratórios ou expiratórios, e não de cada músculo isoladamente. Além disso, as mensurações das pressões respiratórias máximas dependem da compreensão das manobras a serem executadas e da vontade do indivíduo em cooperar, realizando esforços respiratórios realmente máximos (PEREIRA, 2002).

É necessário que no circuito entre a boca e o manovacuômetro, haja um pequeno pertuito para permitir obtenção de um fluxo inspiratório, ou expiratório mantendo a glote aberta de modo que a pressão medida traduza a pressão intratorácica gerada pela contração da musculatura inspiratória ou expiratória e não, meramente a pressão dentro da cavidade oral (DIAS et al., 2001).

Os valores obtidos na avaliação com manovacuômetro são expressos em cmH²O ou seja, centímetros de água (BOAVENTURA et al., 2004).

A medida da pressão inspiratória é geralmente feita ao nível de volume residual e por outro lado, a medida de pressão expiratória máxima é feita a partir da capacidade pulmonar total (BOAVENTURA et al., 2004).

Como se pode observar, essas aferições são feitas em limites de encurtamento e estiramento muscular voluntário, de modo a maximizar a força muscular pulmonar (DIAS et al. , 2001).


A PIMÁX tem seu valor normal compreendido, em um adulto jovem, na faixa de - 90 a - 120 cmH²O, enquanto que a PEMÁX tem seu valor normal compreendido, em um adulto jovem, na faixa de + 100 a + 150 cmH²O . Sabe-se que a partir dos 20 anos de idade ocorre um decréscimo anual de 0,5 cmH²O nestes valores (AZEREDO, 2002).


O mesmo autor afirma que para a caracterização da fraqueza, fadiga, ou falência muscular respiratória é necessário que os valores da PIMÁX estejam entre - 70 a - 45 cmH²O, - 40 a - 25 cmH²O, e menos do que - 20 cmH²O, respectivamente. A capacidade de uma pessoa respirar com grandes volumes pulmonares e tossir efetivamente estarão sempre alterada se sua PIMÁX estiver abaixo de - 50 cmH²O.


REALIZAÇÃO DOS TESTES:

Verificação da PIMÁX: indivíduo sentado, com o tronco em um ângulo de 90º graus com as coxas, braços relaxados na lateral do tronco, e com o nariz ocluído por um clipe nasal. O indivíduo realiza expiração até alcançar o volume residual e, então o avaliador, conecta a peça bucal do manovacuômetro na boca do avaliado que realiza um esforço inspiratório máximo.

Verificação da PEMÁX: indivíduo sentado, onde o avaliado realiza inspiração até alcançar a capacidade pulmonar total e, então, conecta-se a peça bucal do manovacuômetro enquanto o indivíduo realiza uma expiração máxima.

Ambas as manobras também podem ser efetuadas com os indivíduos em decúbito dorsal com o tronco ereto, braços e pernas relaxados, os membros superiores estendidos ao longo do tronco e membros inferiores levemente flexionados com um rolo sob os joelhos, e em decúbito lateral direito e esquerdo, sendo posicionado um travesseiro a baixo da cabeça do paciente para manter o pescoço relaxado e sem curvatura anormal, tronco alinhado com a cabeça, braços relaxados, sendo que aquele que permaneceu em contato com o divã deve estar direcionado a frente e o oposto encontrar-se lateralmente ao tronco, já os membros inferiores são posicionados com leve flexão de joelhos e quadris para que haja maior equilíbrio e um travesseiro entre os joelhos para maior conforto ao
avaliado.

São realizadas 3 (três) repetições em cada variável do teste onde as 3 devem ser aceitáveis (sem vazamentos). De cada manobra anota-se o resultado onde no final da avaliação é considerado o maior valor alcançado para a avaliação. O valor da PIMÁX é expresso em cm de água (cmH²O), precedido por um sinal negativo e o valor da PEMÁX da mesma maneira, porém procedido por um sinal positivo.







Fonte: MOTTER

PELE DE PEIXE NO TRATEMENTO DE QUEIMADURAS



A pele de tilápia é a nova promessa no tratamento de queimaduras. Desenvolvida no Ceará, a alternativa promete ser melhor e mais barata em relação à terapia tradicional utilizada no Brasil.

O tratamento das queimaduras pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na maioria dos serviços de queimados, é feito com pomada e curativos feitos com gaze, que são trocados a cada dois ou três dias, conforme a gravidade da ferida. Segundo Fábio Carramaschi, cirurgião plástico do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, a forma tradicional utilizada atualmente envolve o uso de pomada de sulfadiazina de prata, que possui função antimicrobiana.

Enquanto isso, em países como Argentina, Chile e Uruguai, o tratamento é feito com pele humana ou pele animal.

Segundo o cirurgião plástico Marcelo Borges, coordenador do SOS Queimaduras e Feridas do Hospital São Marcos, em Recife, idealizador do projeto, o tratamento tradicional é relativamente caro, justamente por conta da quantidade de material utilizado e das frequentes trocas de curativos, que também causam dor e desconforto ao paciente, o que gera a necessidade de administrar analgésicos e anestésicos, aumenta o trabalho da equipe e, consequentemente, os custos. “Uma das coisas mais importantes do curativo com tilápia é que na queimadura superficial, a de segundo grau, ela fica até o final da cicatrização, algo em torno de dez dias, sem precisar trocar diariamente”, explica o coordenador.




Fonte: Veja

UM ESTUDO REVELA IMPORTÂNCIA DO FISIOTERAPEUTA COMO SOCORRISTA


O fisioterapeuta pode atuar em primeiros socorros em várias situações como: afogamentos, choques elétricos, contusões, convulsões, desmaios, envenenamentos, ferimentos, hemorragias, introdução de corpos estranhos, mordedura de animais, parada cardíaca, parada respiratória, picada de insetos e mordedura de animais peçonhentos e queimaduras (BUONO NETO & BUONO, 2000; DELIBERATO, 2002).
Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde (2004) apontam a alta taxa de mortalidade no Brasil: por agressões 48.374 mortes, por armas de fogo 37.113 mortes, por acidentes automobilísticos 35.674 mortes, por suicídios 8.017 mortes e por quedas 6.617 mortes. Esses dados mostram a importância de um trabalho preventivo e uma pronta assistência em casos de acidentes. O profissional fisioterapeuta deveria estar inserido neste contexto, o que não corresponde a atual realidade.
Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo retrospectivo, junto ao Corpo de Bombeiros na cidade de Goiânia. O projeto foi encaminhado juntamente com um oficio ao responsável pelo Corpo de Bombeiros, solicitando acesso aos prontuários. Após a autorização, foram acessados os prontuários das vitimas, registrados pelos socorristas no período do dia primeiro ao dia dezessete de Março de 2008. Durante sete dias no período da manhã, as pesquisadoras estiveram no Batalhão do Corpo de Bombeiros GSE do Setor Aeroporto realizando a coleta dos dados. A coleta teve como base um roteiro, onde constaram informações como: sexo, idade, tipo de acidente, gravidade do trauma, nível de consciência e qual tipo de atendimento prestado.
Entre os atendimentos prestados em todos os casos foram utilizados os suportes básicos de vida que constam de ferramentas tais como: colar cervical, imobilização de MMSS e MMII, bandagem, prancha longa, prancha curta, entre outras. O suporte avançado de vida foi utilizado em apenas dezoito casos e utilizam além das ferramentas do suporte básico, oxigenioterapia, entubação, medicamentos.
O profissional fisioterapeuta é especialista em biomecânica, sendo assim apto a prestar um adequado atendimento tendo em vista que sabe qual o melhor posicionamento para atendimento e remoção da vitima sem agravar sua lesão. Assim como a melhor forma do socorrista se posicionar para os manuseios da vitima sem gerar, futuras patologias tais como: bursites, síndrome do impacto, lombalgias, hérnia, tendinites.
Durante a sua formação o fisioterapeuta adquire conhecimentos que o permitem atuar preventivamente nos atendimentos de urgência e emergência, são esses: treinamento especifico em reanimação cardiopulmonar, atadura, bandagem, mobilização, posicionamento, transferências, além de conhecimento das técnicas de primeiros socorros, viabilizando assim sua atuação junto à equipe de socorristas.
Com o presente estudo confirmou-se a possibilidade de atuação do fisioterapeuta em uma equipe de primeiros socorros, visto que o mesmo possui conhecimentos específicos e possui as habilidades necessárias que o capacitam a prestar o devido atendimento às vitimas.
A importância do fisioterapeuta em uma equipe de socorristas se dá aos conhecimentos que o capacitam não só a prestar um devido atendimento a vitima como também atuar preventivamente junto à equipe impedindo complicações futuras que possam interferir na saúde e qualidade de vida do socorrista.

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