Tratamento Fisioterapêutico da Condropatia Patelar




A Condropatia Patelar, também chamada de Condromalácia ou Síndrome Femoropatelar, são termos aplicados à perda de cartilagem da patela. A sua incidência na população é muito alta, aumentando conforme a faixa etária, podendo acometer ambos os sexos.
Porém, é mais comum no sexo feminino, e em indivíduos com excesso de peso. A causa exata ainda permanece desconhecida, porém segundo a literatura, acredita-se que esteja ligada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos, que resultam no desgaste e amolecimento da cartilagem envolvida.

Anatomia do Joelho

Anatomia do Joelho
O joelho é o local de encontro de dois ossos do membro inferior: o fêmur (osso da coxa) e da tíbia (osso da perna).
A patela articula-se com a parte anterior do fêmur e sua função principal é a proteção articular e o aumento do braço de alavanca, aumentando a força de extensão do joelho.
A articulação do joelho é dividida em duas articulações distintas:
uma entre o fêmur:  entre o fêmur e a patela denominada femoropatelar, descrita como plana;
tíbia chamada de femorotibial (AFT): gínglimo ou dobradiça;
Entre o fêmur e a tíbia, temos os meniscos, que são estruturas de cartilagem em forma de C, que funcionam como amortecedores, absorvem impacto, e oferece mais estabilidade a articulação.
Toda a articulação do joelho está envolta pela cápsula articular, a qual possui o líquido sinovial, responsável pela lubrificação. A estabilidade da articulação é oferecida por ligamentos e músculos que se inserem nas estruturas ósseas.
A musculatura dos membros inferiores, principalmente os músculos que se inserem no fêmur e na tíbia, estão frequentemente expostas a grandes estiramentos e tensões. A articulação do joelho é uma das articulações que mais sofre lesões no corpo. Isso ocorre pelo fato dela ser suportada e mantida integralmente por músculos e ligamentos e possuir pouca estabilidade óssea.

O Que é a Condropatia Patelar?

Condropatia Patelar
A Condropatia Patelar, “condro = Cartilagem, patia = patologia (Doença na cartilagem)” é caracterizada pelo “amolecimento” ou desgaste na cartilagem que reveste a patela resultando em inflamação na articulação.
É caracterizada por dor na região anterior do joelho, mais especificamente em região retropatelar, ou na parte de trás da coxa, na fossa poplítea. As manifestações clínicas evidenciadas são: crepitação (“sensação de areia”), falseio no joelho e edema, podendo evoluir para uma rigidez e até limitações articulares.
Pode atingir pessoas de todas as idades que praticam, de forma exagerada ou inadequada, musculação, corrida, bicicleta,  que subam e desçam escadas frequentemente, ou que permaneçam com os joelhos flexionados por um longo período.
Quando estes são realizados em excesso o indivíduo apresenta uma maior predisposição à instalação da lesão. A disfunção fêmoro-patelar constitui 25% das lesões que comprometem o joelho, e 5% das lesões esportivas. Atinge em média 15 a 33% da população adulta e 21 a 45% dos adolescentes.

Como Ocorre o Surgimento da Condropatia Patelar?

Primeiramente, ocorre processo inflamatório na articulação femoropatelar, e se os agentes causadores persistirem, a cartilagem vai se desgastando até chegar o contato de osso com osso (artrose).
O “amolecimento” anormal da cartilagem da patela pode evoluir para a quebra na sua integridade (rachaduras) e perda de substância (falhas), que poderá causar sobrecarga, pois a patela deixa de deslizar adequadamente, se
deslocando para um dos lados e, dessa forma, choca-se contra a tróclea, aumentando o atrito, desgastando a cartilagem que recobre tanto a superfície da patela quanto a da tróclea, e consequentemente contribuindo para lesão
propriamente dita, devido a agressão do osso subcondral.

Classificação da Condropatia Patelar

A Condropatia Patelar é classificada de acordo com a progressão do amolecimento e desgaste da cartilagem. Quando dobramos o joelho, há um aumento da pressão entre a patela e os vários pontos de contato com o fêmur.
O uso excessivo do joelho acaba intensificando essa pressão, promovendo o desgaste contínuo. Segundo a classificação descrita por Outerbridge (1961), existem quatro graus de Condropatia patelar, de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem:
·GRAU I – amolecimento da cartilagem e edemas;
·GRAU II – fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro <1,3 cm diâmetro;
·GRAU III – fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3 cm;
·GRAU IV – erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral.

Fatores que Contribuem Para o Surgimento da Condropatia Patelar

Impacto no Joelho
O surgimento da Condropatia Patelar pode ser causado por:
  • treino excessivo;
  • fraqueza;
  • desequilíbrio muscular, devido à falta de sinergismo entre musculatura agonista e antagonista
  • atividades de impacto;
  • encurtamento muscular;
  • predisposição biomecânica;
Outras causas incluem:
  • instabilidade;
  • trauma direto;
  • fratura;
  • subluxação patelar;
  • aumento do ângulo do quadríceps (ângulo Q);
  • músculo vasto medial ineficiente;
  • mau alinhamento pós-traumático;
  • síndrome da pressão lateral excessiva;
  • lesão do ligamento cruzado posterior;

Por que a Condropatia Patelar é mais Comum em Mulheres?

A maior incidência em mulheres deve-se a predisposição física, devido à anatomia da pelve, pois as mulheres possuem a pelve mais larga e o ângulo Q (do quadríceps) aumentado quando comparada aos homens.
Indivíduos com o ângulo maior que 20° tem maior chance de desenvolver a Condropatia Patelar. Esta é uma consequência de instabilidade da articulação femoropatelar. Indivíduos com desequilíbrio desse ângulo podem
apresentar o joelho valgo ou varo, entre outros desequilíbrios.

Como Analisar o Grau de Lesão em Cada Aluno

O diagnóstico da condropatia patelar é essencialmente clínico, ou seja, guiado pela história do paciente e exame físico. Mas para saber o grau da lesão é imprescindível que seja realizado o exame de imagem, padrão ouro, que é a
ressonância magnética. Esta auxiliará na identificação de anomalias anatômicas, localização e grau da lesão femoropatelar, determinando a gravidade e extensão do problema.
O exame físico pode ser realizado pelofisioterapeuta especializado com o objetivo de avaliar prováveis insuficiências de partes moles, acometimento de estruturas articulares, além de fatores que afetem as forças e o alinhamento articular. O fisioterapeuta poderá mensurar o ângulo Q (quadríceps), que é uma medida de alinhamento patelar global, usando uma fita métrica, um lápis dermográfico e um goniômetro.
O examinador irá traçar uma linha a partir do centro da tuberosidade da tíbia até o centro da patela, e do centro da patela traça-se outra linha até a espinha ilíaca ântero-superior. O ângulo formado é o ângulo Q.
O valor normal do ângulo Q, em média, é de 13° nos homens e 18° nas mulheres. Quando o ângulo Q se apresenta maior que 13° o indivíduo apresenta um joelho valgo. O valgismo exagerado do joelho acarreta encurtamentos das estruturas músculo-ligamentares, como a banda iliotibial e o retináculo lateral, assim como fraqueza do músculo vasto medial (porção do quadríceps femoral)
Como Funciona o Tratamento da Condropatia Patelar Através da Fisioterapia
Impacto no Joelho
Normalmente o tratamento para Condropatia Patelar é conservador e dificilmente reverterá o quadro de lesão da cartilagem. No entanto, ocorrerá melhora nos sintomas dolorosos e funcionais do joelho. Antes de iniciar a fisioterapia é necessário saber qual o grau da lesão que o indivíduo apresenta, e assim traçar o plano de reabilitação mais eficaz para cada caso, levando sempre em consideração a queixa funcional e as limitações.
A fisioterapia específica visa melhorar o deslizamento da patela sobre o sulco troclear no fêmur, diminuir a dor e o processo inflamatório local, promover ganho de flexibilidade e força muscular, além de estabilidade articular, consciência corporal e retorno ao esporte de forma adequada.

Fisioterapia na Condropatia Patelar

O principal foco da fisioterapia na Condropatia Patelar é o reequilíbrio muscular e a correção do “mal alinhamento” da patela através de programas de fortalecimento e alongamento para os estabilizadores dinâmicos da patela. O
tratamento deve ser individualizado, e de acordo com o grau de lesão e tolerância do indivíduo.
Para todos os graus de Condropatia Patelar, devem ser incluídos na fisioterapia exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, mobilização articular, bandagens e propriocepção, além da eletrotermofototerapia para efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, e a crioterapia.

A Importância do Alongamento Durante as Sessões de Fisioterapia

O alongamento muscular é essencial para a manutenção e/ou ganho da flexibilidade das fibras musculares, e amplitude de movimento. Podem ser realizados de forma ativa ou passiva. É muito importante realizar o alongamento global da musculatura. Porém, nos casos de Condropatia Patelar, que o ângulo Q está normalmente aumentado, predispondo o joelho em valgo, devemos alongar principalmente os músculos:
  • ísquios tibiais dando ênfase ao bíceps femoral e aos gastrocnêmios;
  • abdutores e adutores de quadril enfatizando o tensor da fáscialata;
  • trato iliotibial;
  • quadríceps;
  • glúteos máximo e médio;
Como os Exercícios de Fortalecimento da Musculatura Influenciam no Tratamento da Condropatia Patelar?
Para uma boa reabilitação é extremamente importante realizar o fortalecimento global da musculatura. O fisioterapeuta deve tratar o indivíduo como um todo, e não apenas um joelho. Sendo assim, o programa de fortalecimento muscular deve incluir exercícios para tronco, membros superiores e inferiores.
Deve-se dar uma atenção especial aos músculos:
  • Quadríceps: principalmente, ao vasto medial, para equilibrar as forças
    atuantes sobre a patela, evitando a sua lateralização, e para recuperar a
    potência do membro inferior;
  • Glúteo máximo e médio: importantes estabilizadores do quadril, e
    consequentemente, da articulação do joelho. Este fortalecido, evita o
    valgo dinâmico durante atividades de apoio unipodal.
Segue abaixo alguns exercícios que também podem ser realizados para a Condropatia Patelar:
  • Isométricos com ou sem carga, deitado ou sentado;
  • Ativos livres com ou sem carga, deitado, sentado ou em pé;
  • Ativo-resistido, através de resistência manual, elásticos ou aparelhos;
  • Mecanoterapia, desde que realizada de forma adequada e dentro de uma angulação segura;
  • Exercícios combinados – de força e propriocepção
Os exercícios de um modo geral, para todos os graus, devem ser inicialmente leves e de baixo impacto, e o nível de dificuldade deve ser aumentado progressivamente de acordo com a evolução e o grau de lesão do indivíduo.
O tratamento cirúrgico é o último recurso, pois causará limitação da atividade esportiva, mas poderá ser indicado quando não há resposta a fisioterapia.
A Influência do Equilíbrio Muscular Durante o Tratamento da Condropatia Patelar
O equilíbrio muscular assegura a estabilização da articulação femoropatelar, através de mecanismos estáticos e dinâmicos que funcionam de maneira simultânea. A estabilização estática atua sobre a patela em repouso, através
do tendão patelar, retináculos e o ligamento femoropatelar medial, sendo este último demonstrado através de estudo como capaz de impedir a lateralização da patelar. Diferentemente, a estabilização dinâmica consiste na ação do músculo quadríceps e bíceps femoral.
Como o Uso de Bandagens ou Fitas Adesivas Auxilia no Tratamento da Condropatia Patelar?
bandagem com fitas adesivas ou kinesiotaping, como também é chamada, auxilia no tratamento da Condropatia Patelar, pois o contato da fita com a pele oferece estímulos sensoriais, estimulando a comunicação com tecidos mais profundos e a ativação de mecano receptores localizados na epiderme e derme. Estes receptores fornecem informações sobre eventos externos que afetam a biomecânica do movimento, e dão ao sistema articular a habilidade para detectar os estímulos e se corrigir em tempo hábil. Os efeitos promovidos são: diminuição da dor e da sensação de desconforto; suporte e auxílio durante a contração muscular; estímulo para correções dos desvios articulares; e aumento da propriocepção.
A aplicação da técnica para Codropatia Patelar baseia-se em dois pontos essenciais:
  • Corrigir a patela dentro da tróclea femoral, promovendo um aumento das áreas de contato e diminuindo o stress articular, resultando numa diminuição da intensidade da dor;
  • Facilitar a atividade (intensidade e recrutamento) dos músculos vasto medial e vasto intermédio oblíquo, através da sua influência na relação comprimento tensão do tecido muscular.
Vale salientar que a literatura corrente a respeito do uso da kinesiotaping é bastante controversa, não existindo ainda um consenso que aponte realmente para a efetividade dessa técnica para tratamento de dor, lesão ou relaxamento.

O que são Técnicas Articulares Manuais e Como elas Influenciam no Tratamento da Condropatia Patelar?

Mobilização no Tratamento da Condropatia Patelar
São técnicas de mobilização que incluem movimentos passivos lentos das superfícies articulares realizados pelo fisioterapeuta. São utilizados para reduzir a dor, recuperar a amplitude de movimento ativa, para restaurar os movimentos passivos, para reposicionar ou realinhar a articulação, para recuperar a distribuição normal de forças e tensões ao redor da articulação.
A mobilização e a tração podem ser utilizadas para alongar tecidos e romper aderências. Mas, devem ser realizadas com muita cautela e confiança, pois caso sejam utilizadas inadequadamente podem também danificar os tecidos e causar ou agravar a lesão na articulação.
Como as Técnicas de Liberação Manual do Tecido Auxiliam no Tratamento da Condropatia Patelar
A liberação miofascial que consiste em um método de aplicação de pressão digital em pontos de dor, tensão ou retração. Tem com o objetivo de promover o relaxamento de pontos de tensão muscular devido a
alterações na fáscia muscular. A fáscia é uma lâmina de tecido, extremamente resistente e elástica, que recobre todos os músculos do corpo, logo abaixo da pele, e os pontos de tensão são chamados de pontos gatilhos (trigger points).
Ao realizar a dígito pressão ocorre uma isquemia, e quando a pressão é retirada, aumenta-se o fluxo sanguíneo local, e consequentemente a oxigenação, o que promove o alívio da dor e relaxamento da fáscia e da musculatura. O uso da liberação miofascial auxilia no tratamento, favorecendo o aumento a mobilidade articular e uma melhor execução dos movimentos. Além disso, diminui a sobrecarga e tensão músculo-articular.
Cuidados Necessários ao Realizar os Exercícios para Tratar a Condropatia Patelar
O fisioterapeuta deverá se atentar ao posicionamento do indivíduo durante a realização de todos os exercícios. Já durante a fisioterapia, o fisioterapeuta deve orientá-los para as atividades do cotidiano, estimulando sempre a consciência corporal.
Algumas orientações são:
  • Evitar cruzar as pernas por longos períodos;
  • Evitar sentar sobre as pernas com o joelho em hiperflexão;
  • Quando estiver deitado, em decúbito lateral, deve-se usar umtravesseiro para manter os joelhos levemente separados, para não deixar o peso do corpo pressionar ou mover a patela;
  • Evitar o uso de sapatos de salto alto;
  • Usar sapatos confortáveis, principalmente durante os exercícios;
  • Perder peso, caso se esteja com sobrepeso, para evitar sobrecarga no joelho.

Restrições de Exercícios na Condropatia Patelar

Os exercícios e esportes de alto impacto ou atividades suspeitas de causarem a lesão devem ser excluídas por tempo indeterminado. O retorno das atividades vai depender do sucesso da reabilitação. Para isso, é necessário que o processo de reabilitação seja feito da melhor forma possível, de tal modo que os exercícios físicos sejam feitos gradualmente para o fortalecimento muscular da patela.

Conclusão

Fisioterapia Joelho

A Condropatia Patelar, sendo uma condição patológica degenerativa, dificilmente ocorrerá reversão do grau de lesão da cartilagem da articulação femoropatelar, porém os resultados da fisioterapia são bastante satisfatórios, pois auxiliam no alinhamento da patela, na estabilidade articular e o equilíbrio entre os grupos musculares, contribuindo para  melhora da qualidade de vida, e retorno da pratica esportiva, de acordo com a condição do indivíduo.
Fonte: Blog Fisioterapia.





FISIOTERAPEUTAS PRESTAM ASSISTÊNCIA A BOMBEIROS EM BRUMADINHO


O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de Minas Gerais (Crefito) vai enviar profissionais, neste domingo (10), para trabalharem na assistência aos militares do Corpo de Bombeiros que trabalham nas buscas por desaparecidos em Brumadinho.
A deliberação aconteceu durante uma reunião entre os diretores do Crefito e a Polícia Militar na manhã deste sábado (9) e ficou definido que serão enviados fisioterapeutas para o local do desastre, no Córrego do Feijão, e na cidade de Brumadinho.
O trabalho dos profissionais será realizar intervenções de ajuste muscular, funcional e alívio de dores nos envolvidos no resgate. O objetivo do CREFITO-4 é de colaborar com os que trabalham na área afetada, reunindo fisioterapeutas capacitados que poderão oferecer conforto para aliviar tensões dos bombeiros durante as jornadas de trabalho e em seus intervalos.
A estrutura a ser utilizada pelos fisioterapeutas será disponibilizada pela Vale. No local do desastre está sendo montada uma tenda consultório, e no município de Brumadinho uma carreta consultório foi providenciada.

FONTE: hojeemdia.com.br

ESTUDO INDICA QUE CIRURGIA NEM SEMPRE É MELHOR QUE FISIOTERAPIA PARA TRATAR DO JOELHO


Para tratar de um rompimento do menisco ou artrite no joelho, a cirurgia não necessariamente é a melhor solução. A fisioterapia também pode dar bons resultados, segundo um estudo clínico publicado nesta terça-feira nos Estados Unidos.
“Nossas pesquisas demonstram que não existe um tratamento único e melhor, já que tanto as pessoas tratadas com fisioterapia como com cirurgia no joelho (artroscopia) apresentaram uma notável melhora”, disse Jeffrey Katz, professor de Cirurgia Ortopédica da Escola de Medicina da Universidade de Harvard.
Katz é o principal autor do estudo publicado na revista New England Journal of Medicine e apresentado na conferência anual da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos, reunida em Chicago.
“As pessoas que desejam evitar a artroscopia agora podem ter certeza de que a fisioterapia é uma boa opção”, acrescentou, apesar de advertir que “nem todos podem alcançar uma melhoria significativa da condição do joelho sem cirurgia”.
O estudo clínico foi realizado com 351 participantes com mais de 45 anos com ruptura do menisco ou osteoartrite de joelho. A metade foi selecionada ao acaso para se submeter à cirurgia e a outra metade recebeu semanas de fisioterapia. Depois de um período de seis a 12 meses, os pesquisadores avaliaram o joelho dos pacientes.
Mais de 450.000 artroscopias são realizadas todos os anos nos Estados Unidos, especialmente para o tratamento de lesões do menisco.
O custo desta intervenção é de cerca de 4.500 dólares em média em comparação com um máximo de 2.000 dólares por sessões de fisioterapia.
Via Terra

POR QUE VOCÊ PRECISA EXERCITAR O SEU ASSOALHO PÉLVICO: ENTENDA!


Ninguém duvida da importância do exercício físico para a saúde e bem-estar. Mas além de exercitar os bíceps e tonificar os glúteos, existe um grupo muscular, quase invisível, que você precisa começar a prestar atenção.
O assoalho pélvico é responsável pela sustentação de vários órgãos no corpo feminino e precisa ser exercitado para não perder a sua força. O seu enfraquecimento traz prejuízos para atividades como a relação sexual, além de impactar na continência urinária e fecal.
” O assoalho pelvico é um músculo que fica fechando a nossa pelve. Ele é um músculo que a gente não consegue ver e é bem específico. 30% das mulheres não sabem contrai-lo e 25% contraem o músculo do jeito errado”, explica a fisioterapeuta Laura Della Negra em entrevista ao HuffPost Brasil.
Para a especialista, não basta contrair e relaxar o músculo. Outros fatores, como a postura, influencial o alinhamento e o fortalecimento do assoalho pélvico.

QUAL A LOCALIZAÇÃO DO ASSOALHO PÉLVICO NO CORPO

Não é tão difícil de entender essa musculatura mais profunda. O fundo da bacia (pelve óssea) termina em uma cavidade que é chamada cavidade pélvica. Lá ficam os órgãos como bexiga, próstata e o reto. Essa cavidade é “fechada” pelo assoalho pélvico, que é formado por cerca de 13 músculos.
Nas mulheres, o assoalho pélvico sustenta 3 oríficios: a uretra, o ânus e o canal vaginal. Fatores como a gestação, a menopausa e até características hereditárias influenciam na disfunção desse grupo muscular.
“Todas as mulheres precisam trabalhar essa musculatura, não só as gestantes. A gente faz muito exercicio que aumenta essa pressão abdominal. O assoalho pélvico precisa estar trabalhando junto, mas muitas vezes isso não acontece. A gente deveria ensinar as adolescentes a contrai-lo para não ter problemas no futuro”, explica a fisioterapeuta.

coMO FORTALECER O ASSOALHO PÉLVICO

Nas mulheres, o enfraquecimento dessa musculatura pode estar ligado à dificuldade de se atingir o orgasmos e as dores constantes na relação sexual.
Em casos mais graves, o assoalho pélvico pode se tornar incapaz de segurar os órgãos, causando o prolapso genital (útero caído ou bexiga caída).
Para tonificar o grupo muscular, é indicado a fisioterapia pélvica, que pode ser feita sozinha ou com ajuda de ferramentas como a bola usada no pilates, por exemplo.
De acordo com Laura Della Negra, é importante evitar manter o abdome (core) contraído o tempo inteiro.
“Você tem que deixar o abdome funcionar da forma dele. Relaxar é tão importante quanto contrair. Quem mantém o abdome muito contraido acaba adquirindo uma tensão nessa musculatura”, explica.
Para contrair o assoalho pélvico comece deitada, desse é mais fácil porque você não tem a ação da gravidade. Depis, pense em como apertar e puxar para dentro o ânus, a vagina, a uretra e um pouquinho do abdome juntos. Essa é a forma mais fácil de entender e identificar a contração. Respire e segure a posição por até 8 segundos. Repita o exercício algumas vezes.
Ainda, pense em momentos que você pode incluir o exercício da contração e relaxamento na sua rotina, tipo antes de tossir ou espirrar.Também é importante prestar atenção na postura.
“A gente passa muito tempo sentada e pouco tempo alinhada e isso deixa o assoalho pélvico frouxo. E com o tempo isso traz problemas, desde dor nas costas ate incontinência urinal”, explicaa Fisioterapeuta Ana Beatriz.

Fonte: www.huffpostbrasil.com

ANVISA E MINISTÉRIO DA SAÚDE PROÍBEM TERMÔMETRO E ESFIGMOMANÔMETRO COM MERCÚRIO


A partir de 1º de janeiro de 2019, fica proibida em todo o país a fabricação, a importação e a comercialização de termômetros e de esfigmomanômetros (aparelhos para verificar a pressão arterial) que utilizam coluna de mercúrio para diagnóstico em saúde. A medida, publicada no Diário Oficial da União em março de 2017, também inclui a proibição do uso desses equipamentos em serviços de saúde, que deverão fazer o descarte adequado.
Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que a determinação, aprovada pela própria pasta e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cumpre o compromisso assumido pelo Brasil na Convenção de Minamata, que debateu os riscos do uso do mercúrio para a saúde e para o meio ambiente. A convenção, assinada pelo Brasil e por mais 140 países em 2013, tem como objetivo eliminar o uso de mercúrio em diferentes produtos.
A resolução, entretanto, não veta o uso doméstico de termômetros de mercúrio para quem que já possui o equipamento. “A população poderá continuar usando os termômetros domésticos, mas com o devido cuidado no armazenamento e na manipulação para que não ocorra a quebra do vidro”, alertou o ministério, citando que, se o produto estiver em boas condições e íntegro, não há problema à saúde.
Caso o usuário deseje se desfazer do termômetro de mercúrio, a orientação é mantê-lo provisoriamente em casa até a divulgação, pela pasta e pela Anvisa, dos pontos de recolhimento. Em caso de quebra, devem ser tomadas as seguintes precauções:
- Isolar o local e não permitir que crianças brinquem com as bolinhas de mercúrio;

- Abrir as janelas para arejar o ambiente;
- Recolher com cuidado os restos de vidro em toalha de papel ou luvas e colocar em recipiente resistente à ruptura, para evitar ferimento;
- Localizar as “bolinhas” de mercúrio e juntá-las com cuidado, utilizando um papel cartão ou similar, evitando contato da pele com o mercúrio. Recolher as gotas de mercúrio com uma seringa sem agulha. As gotas menores podem ser recolhidas com uma fita adesiva;
- Transferir o mercúrio recolhido para um recipiente de plástico duro e resistente ou vidro, colocar água até cobrir completamente o mercúrio a fim de minimizar a formação de vapores de mercúrio, e fechar o recipiente;
- Identificar/rotular o recipiente, escrevendo na parte externa “Resíduos tóxicos contendo mercúrio”;
- Não usar aspirador, pois isso vai acelerar a evaporação do mercúrio, assim como contaminar outros resíduos contidos no aspirador.


Os materiais utilizados durante o procedimento, como luvas e seringas, também deverão ser colocados em embalagens rotuladas e não devem ser descartados em lixo comum.
A proibição não se aplica a produtos para pesquisa e para calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência. Assim, serviços de saúde que possuírem medidores de pressão ou termômetros de coluna de mercúrio utilizados como padrão de referência para calibração interna de outros equipamentos deverão identificar esses produtos com etiqueta com os dizeres: “Produto utilizado como padrão de referência para calibração”.]
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA



A avaliação fisioterápica é a chave principal na condução de um tratamento, onde o fisioterapeuta pode explorar o atual estado físico do paciente tornando compreensível o que ele diz e demonstra sobre a sua lesão ou patologia. Os distúrbios musculoesqueléticos serão avaliados nos aspectos da análise da função articular (mobilidade e força muscular) e seu funcionamento, mensurados e quantificados, complementando a anamnese e o diagnóstico médico.
De acordo com Pinto e Cyrillo, 2007, tal conduta não visa em nenhum momento realizar o diagnóstico médico, mas sim, o fisioterapêutico, que engloba aspectos e características particulares, e que está baseado na anatomia, biomecânica, cinesiologia e fisiologia para determinar as possibilidades de etiologia do problema.
Tendo em vista a individualidade biológica de cada ser humano, não consideramos que todos os pacientes, com distúrbios semelhantes, sejam enquadrados em um modelo padrão de abordagem terapêutica. O objetivo de uma avaliação inicial em nosso serviço é buscar o diagnóstico diferencial, ou seja, identificar outras vertentes que levam à queixa do paciente, considerando as atividades exercidas durante seu trabalho, lazer ou mesmo esportiva.

Luxação: o que é, Causas, Tratamentos, Prevenção

Resultado de imagem para luxação

Uma luxação ocorre quando um osso desliza para fora de uma articulação. Por exemplo, o topo do osso do seu braço se encaixa em uma articulação no seu ombro. Quando desliza ou sai dessa articulação, você tem um ombro deslocado. Você pode deslocar quase qualquer articulação do corpo, incluindo o joelho, o quadril, o tornozelo ou o ombro.
Uma vez que um deslocamento significa que seu osso não está mais onde deveria estar, você deve tratá-lo como uma emergência e procurar atendimento médico o mais rápido possível. Uma luxação não tratada pode causar danos aos seus ligamentos, nervos ou vasos sanguíneos.

O que Causa uma Luxação?

Luxações normalmente resultam quando uma articulação experimenta um impacto inesperado ou desequilibrado. Isso pode acontecer se você cair ou sofrer um impacto violento na área afetada. Depois que uma articulação se desloca, é mais provável que ela se desloque novamente no futuro.

Quem Está em Risco de uma Luxação?

Qualquer um pode deslocar uma articulação se ela cair ou sofrer algum outro tipo de trauma. No entanto, os idosos tendem a ter um risco maior, especialmente se não têm mobilidade ou são menos capazes de prevenir quedas.
As crianças também podem estar em maior risco de deslocamentos se não estiverem supervisionadas ou brincarem em uma área que não tenha sido protegida por crianças. Aqueles que praticam comportamentos inseguros durante atividades físicas se colocam em maior risco de acidentes, como deslocamentos.

Quais são os Sintomas de uma Luxação?

Na maioria dos cenários, você poderá ver facilmente um deslocamento. A área pode estar inchada ou parecer machucada. Você pode perceber que a área está vermelha ou descolorida. Pode também ter uma forma estranha ou ser deformada como resultado da luxação.
Alguns dos outros sintomas associados a articulações deslocadas incluem:

  • Perda de movimento
  • Dor durante o movimento
  • Dormência ao redor da área
  • Sensação de formigueiro

Como o Diagnóstico da Luxação é Feito?

Pode ser difícil determinar se o seu osso está quebrado ou se ocorreu uma luxação. Você deve ir a uma sala de emergência o mais rápido possível.
Seu médico examinará a área afetada. Ele verificará a circulação na área, a deformidade e se a pele está quebrada. Se o seu médico acredita que você tem um osso quebrado ou uma luxação, ele pedirá um raio X. Ocasionalmente, imagens especiais, como uma ressonância magnética, podem ser necessárias. Essas ferramentas de imagem permitirão que seu médico veja exatamente o que está acontecendo na articulação ou no osso envolvido.

Como uma Luxação é Tratada?

A escolha do tratamento pelo seu médico dependerá de qual articulação você deslocou. Pode também depender da gravidade do seu deslocamento. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o tratamento inicial para qualquer luxação envolve o RICE: Rest, Ice, Compression, and Elevation. Em alguns casos, a articulação luxada pode voltar ao lugar naturalmente após esse tratamento.
Se a articulação não retornar ao normal naturalmente, seu médico poderá usar um dos seguintes tratamentos:

  • Manipulação ou reposicionamento
  • Imobilização
  • Medicação
  • Reabilitação
  • Manipulação
Neste método, o seu médico irá manipular ou reposicionar a articulação de volta no lugar. Você receberá um sedativo ou anestésico para permanecer confortável e também para permitir que os músculos próximos à sua articulação relaxem, o que facilita o procedimento.

Imobilização

Depois que sua articulação retornar ao seu devido lugar, seu médico poderá pedir que você use uma funda, tala ou molde por várias semanas. Isso impedirá que a articulação se mova e permita que a área se recupere completamente. O período de tempo que sua articulação precisa para ficar imóvel varia, dependendo da articulação e gravidade da lesão.

Medicação

A maior parte da sua dor deve desaparecer depois que a articulação retorna ao seu devido lugar. No entanto, seu médico pode prescrever um analgésico ou um relaxante muscular se você ainda estiver sentindo dor.

Cirurgia

Você só precisará de cirurgia se o deslocamento danificar seus nervos ou vasos sangüíneos, ou se seu médico não conseguir devolver seus ossos à sua posição normal. A cirurgia também pode ser necessária para aqueles que costumam deslocar as mesmas articulações, como os ombros. Para evitar a deslocação, pode ser necessário reconstruir a junta e reparar quaisquer estruturas danificadas. Na ocasião, uma articulação deve ser substituída, como uma prótese de quadril.

Reabilitação

A reabilitação começa depois que o seu médico reposiciona ou manipula corretamente a articulação na posição correta e remove a funda. Você e seu médico planejarão um plano de reabilitação que funcione para você. O objetivo da reabilitação é aumentar gradualmente a força da articulação e restaurar sua amplitude de movimento. Lembre-se, é importante ir devagar para não se machucar antes que a recuperação seja concluída.

Como Posso Evitar uma Luxação?

Você pode evitar uma luxação se praticar um comportamento seguro. Dicas gerais para evitar deslocamentos incluem:

  • Use corrimãos ao subir e descer escadas.
  • Mantenha um kit de primeiros socorros na área.
  • Use esteiras antiderrapantes em áreas molhadas, como banheiros.
  • Mova os cabos elétricos do chão.
  • Evite o uso de tapetes.

Para evitar que as crianças tenham possíveis deslocamentos, considere praticar o seguinte:

  • Ensine comportamentos seguros às crianças.
  • Assista e supervisione as crianças conforme necessário.
  • Certifique-se de que sua casa é segura para crianças e segura.
  • Coloque portões nas escadas para evitar quedas.
  • Se você é um adulto e quer se proteger de deslocamentos, você deve:
  • Use roupas ou roupas de proteção ao realizar atividades físicas, como esportes.
  • Remova os tapetes do chão ou substitua-os por tapetes antiderrapantes.
  • Evite ficar em cima de itens instáveis, como cadeiras.

Quanto Tempo Demora a Recuperação?

Cada luxação tem seu próprio tempo de cura exclusivo. A maioria das pessoas experimenta uma recuperação completa em várias semanas. Para algumas articulações, como quadris, a recuperação total pode levar vários meses ou anos e pode exigir cirurgias adicionais.
Se o seu deslocamento recebeu tratamento imediato, é provável que não se agrave em uma lesão permanente. No entanto, é importante lembrar que a área será fraca e terá mais chances de se deslocar no futuro.
O tempo de cicatrização também será maior se os vasos sanguíneos ou nervos forem danificados no deslocamento. Na ocasião, os vasos sanguíneos que fornecem os ossos são permanentemente danificados.
Se a luxação é grave ou não é tratada a tempo, pode haver problemas permanentes, como dor persistente ou a morte celular de partes do osso ao redor da articulação.

Fonte: OPAS